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EM MINAS GERAIS, MAIS DE 593 MIL PESSOAS AINDA DEVEM SE VACINAR CONTRA A GRIPE


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EM MINAS GERAIS, MAIS DE 593 MIL PESSOAS AINDA DEVEM...

Mais de 593 mil pessoas no estado de Minas Gerais ainda não foram aos postos de saúde para se vacinar contra a gripe. São pessoas que fazem parte do grupo prioritário da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, lançada pelo Ministério da Saúde em abril. A Campanha se encerra na próxima sexta-feira (22). Neste ano, Minas Gerais já notificou 109 casos de gripe. O número de óbitos também preocupa, pois já são 30 mortes por influenza. O Ministério da Saúde vem alertando a população sobre a importância da vacina contra a gripe, principalmente com a proximidade do inverno, período de maior circulação dos vírus da gripe.

O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, convoca os brasileiros para a responsabilidade de se vacinar contra a gripe. “A doença não tem cara, ela não manda recado e a melhor forma de evitar a gripe é com a prevenção. Por isso, é importante ressaltar que a saúde é responsabilidade de todos. Não basta que o governo federal disponibilize 60 milhões de doses da vacina. É necessário que a população também se proteja e perceba o risco de morte por complicações da gripe”, observou o ministro.

Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, até o dia 18 de junho, 87,5% da população prioritária do estado de Minas Gerais se vacinou contra a gripe. A meta do estado é vacinar 5,6 milhões de pessoas. Para isso, recebeu 6,1 milhões de doses da vacina do Ministério da Saúde.

A escolha dos grupos prioritários para a vacinação contra a gripe segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

O Ministério da Saúde reforça a importância dos estados e municípios continuar a mobilização para vacinar contra a gripe os grupos prioritários, em especial, crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, público com maior risco de complicações para a doença. Além da mobilização da população é importante o engajamento de estados e municípios, alerta o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Osnei Okumoto. “É fundamental que os gestores locais de saúde também se mobilizem para ampliar a procura pela vacina e incentivar a ida aos postos de saúde. A responsabilidade pelo sucesso da campanha é compartilhada entre os governos federal, estaduais e municipais”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde.

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE NO BRASIL

Até esta segunda-feira (18), em todo o país, 80,7% da população prioritária (44,8 milhões de pessoas) buscou os postos de saúde para receber a vacina contra a gripe. As crianças de seis meses a cinco anos de idade e as gestantes, um dos grupos prioritários mais vulneráveis à gripe, registram o menor índice de vacinação, com cobertura de apenas 65% e 68,9%, respectivamente. Já o público com maior cobertura da vacina contra a gripe, é de professores, com 95,1%, seguido pelas puérperas (94,1%), idosos (88,7%) e indígenas (88,5%). Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura de vacinação está em 86,8%.

A meta do Ministério da Saúde é vacinar 54,4 milhões de pessoas. Após o fim da campanha, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, a vacinação contra a gripe poderá ser ampliada para crianças de cinco a nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos.

VACINAÇÃO DA GRIPE POR REGIÃO

A região sudeste é a que tem menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento, com 74,62%. Em seguida estão as regiões norte (74,67%), sul (83,4%), nordeste (86,8%) e centro-oeste com a melhor cobertura, de 95,4%. Entre os estados, Goiás, Amapá, Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo e Alagoas possuem cobertura vacinal contra a gripe acima de 90%. Os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 56% e Rio de Janeiro, com 61,1%.

CASOS DE GRIPE NO BRASIL

O último boletim de influenza do Ministério da Saúde aponta que, até 16 de junho, foram registrados 3.122 casos em todo o país, com 535 óbitos. Do total, 1.885 casos e 351 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 635 casos e 97 óbitos. Além disso, foram 278 registros de influenza B, com 31 óbitos e os outros 324 de influenza A não subtipado, com 56 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 1.301 casos e 219 óbitos por complicações relacionadas à gripe.

Entre as mortes em decorrência dos vírus da influenza, a mediana da idade foi de 54 anos. A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,26% para cada 100.000 habitantes. Dos 535 indivíduos que foram a óbito por influenza, 393 (73,5%) apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, com destaque para adultos maiores de 60 anos: cardiopatas, diabetes mellitus e pneumopatas. Esse público é considerado de risco para a doença, por isso a vacina contra a gripe é garantida gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

UF

Doses distribuídas    

Público-alvo     

Doses aplicadas     

Cobertura vacinal

RO

428.600

389.605

292.387

75,8%

AC

239.200

217.406

155.458

71,8%

AM

1.130.200

1.027.397

724.854

70,2%

RR

219.400

181.240

100.692

56%

PA

2.063.000

1.875.150

1.438.191

74,1%

AP

195.400

177.555

177.800

99,6%

TO

406.600

369.567

339.808

89,5%

MA

1.858.500

1.689.524

1.507.361

88%

PI

888.900

808.005

716.273

85,3%

CE

2.515.300

2.286.580

2.220.503

94,5%

RN

967.400

879.430

790.251

85,8%

PB

1.176.700

1.069.715

958.536

88,3%

PE

2.639.300

2.399.361

2.095.152

86,5%

AL

866.700

787.908

742.993

91,2%

SE

562.700

511.525

435.016

83,8%

BA

4.013.600

3.648.652

2.966.654

81,4%

MG

6.153.100

5.593.649

5.000.302

87,5%

ES

1.060.400

963.932

910.971

92,6%

RJ

5.007.600

4.552.323

2.858.860

61,1%

SP

13.808.000

12.552.136

9.296.422

72,6%

PR

3.467.900

3.152.607

2.657.816

85,4%

SC

2.058.400

1.871.189

1.660.101

85,9%

RS

4.015.800

3.650.691

2.944.794

80,3%

MS

811.200

737.395

632.573

83,5%

MT

850.500

773.158

703.941

87,1%

GO

1.812.600

1.593.242

1.786.714

105,1%

DF

788.500

706.988

716.122

95,8%

BRASIL

60.005.500

54.465.930

44.830.545

80,7%

 

FONTE: Ministério da Saúde